A nova espiritualidade, a transformação da consciência, está a surgir, em grande medida, fora das estruturas das religiões institucionalizadas. Sempre existiram elementos espirituais, inclusive nas religiões, dominadas pela mente, apesar de as hierarquias institucionalizadas geralmente se sentirem ameaçadas por esses mesmos elementos e tentarem suprimi-los.
Uma grande vaga de espiritualidade foras das estruturas religiosas constitui um desenvolvimento completamente novo. No passado, esta vaga teria sido inconcebível, sobretudo no Ocidente, onde a cultura está mais dominada pela mente, e onde a igreja cristã detinha o privilégio virtual da espiritualidade. Não se podia simplesmente dar uma palestra sobre espiritualidade ou publicar um livro dedicado e este tema sem a autorização da Igreja e, se essa autorização não fosse obtida, a Igreja depressa silenciaria os perpetradores.
Porém, atualmente, mesmo no seio de certas igrejas e religiões, há sinais de mudança. É reconfortante e devemos estar gratos pelos mínimos indícios de abertura, como a visita do Papa João Paulo II a uma mesquita e a uma sinagoga.
Eckhart Tolle (Um Novo Mundo, pág. 22)
Quando olhar para outro ser humano e sentir um grande amor por ele ou quando contemplar a beleza do mundo natural e alguma coisa no seu interior reagir intensamente a essa beleza, feche os olhos por um instante e experimente dentro de si a substância desse amor ou dessa beleza, que são inseparáveis da sua verdadeira identidade, da sua verdadeira natureza.
A forma exterior não é mais do que um ténue reflexo, temporário, da sua identidade mais íntima e verdadeira, da sua essência. É por isso que o amor e a beleza nunca o abandonarão, apesar de todas as formas do mundo exterior o fazerem.
Eckhart Tolle (A Voz da Serenidade, pág.103)
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