segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Fragmentos 384

jamie heiden


Eu por mim mesma   

É inútil tentar fugir ou resistir.  Não se trata de ‘matar ou correr’, se trata de seguir pelo túnel - tenha ele luz ou não ... façamos em nós - a luz, ou não. 
É o momento em que nos vemos agindo, dissociados da nossa vontade.  A ‘criança’ fora colocada em nosso colo, para ser cuidada, e só de nós depende, que sobreviva ou não.  É a coisa mais clara então, depois que um ‘nevoeiro de ideias’ se dissipar sob nossos olhos.
Usarei minha eloquência para convencer a mim mesma, porque em verdade, falo o que penso mas não controlo o que o outro entende, mas devo ter um controle perfeito do que falo para mim mesma e o quanto entendo.

Eu me refiro a algo em específico, mas as mesmas palavras servem para descrever qualquer situação em que - fizemos de tudo para modificá-la, para que fosse diferente - e mesmo assim ela continua desconfortável para nós.
Não há escolha, é seguir em frente, e só seguir em frente, sem possibilidade de volta – como se a escolha já tivesse sido feita anteriormente por nós mesmos. É um ‘cabresto invisível’ muito mais eficaz do que qualquer um feito com rédeas de couro.   É o exercício da aceitação.  É usarmos nossa energia para ir adiante apenas, quando para qualquer outro movimento – que não seja à frente – nossos músculos ficarão paralisados, se recusarão em obedecer-nos.
É inútil esperar pela ‘cavalaria’. Ela não virá, nesse caso não existe.  Há só eu e eu.  A questão passa a ser essa - fazer o que tem que ser feito – e qual a melhor forma de fazer.



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