Fragmentos 379
Anna silivonchik
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'Na
prateleira'
Foi
um produto que se vendeu sozinho.
Houve
preocupação com sua aparência exterior - a forma como seria exposto e apresentado
- ele se auto-explicava e vendia - muito sedutor.
Uma
vez adquirido, levado pra casa e consumido, mostrou-se falso e sem ligação
com todos aqueles atributos dados a ele - os que se dizia ter.
Descobriu-se depois, que não
tinha sido testado dermatologicamente, nem passado pelo controle de qualidade, era
apenas uma embalagem chamativa, cujo conteúdo deixava a desejar em termos de
satisfação e conforto – justamente o que prometia fazer – dar satisfação e
conforto. Parece até que, conserva em sua fórmula substâncias químicas ou agentes
físicos que podem causar câncer.
Hoje,
se voltar à prateleira, pra ser ‘oferecido’ de novo, será necessário um
trabalho de marketing muito, mas muito bem feito - porque mascarar um produto
com atributos de que ele não tem - é difícil.
Se oferecerem amostras grátis dele, é provável que a qualidade dessas
amostras seja muito melhor do que o produto em si – só assim ele conseguirá ‘desencalhar’
da prateleira. E alguém enganosamente, o terá levado pra casa, pra só depois se
arrepender. Felizmente, hoje existem os
órgãos que defendem os interesses dos consumidores.
Tenha muito cuidado com o que leva pra casa - a propaganda - faz um estudo psicológico minucioso do seu 'mercado consumidor'. Cuidado maior ainda, com relação aos produtos que se 'auto-promovem'.
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