Fragmentos 366
Homem e mar
Tudo, ou
quase tudo
termina em
nada!
Se
transmuta, se dissolve
ou vira
purpurina!
O mar, que faz e acontece
que na sua
ferocidade
revolve,
ameaça e mata
depois, se
deita na praia
mansinho e
quietinho!
Efervesce cansado
borbulhante e espumante!
Do viço do
homem orgulhoso
nada sobra, a sua matéria
entrega à terra
e ali a vida
se encerra!
Anônimo!
Quase sempre demente e esquecido
tão fraco
quanto nasceu
... vai adubar a
semente!
Sua glória ou
desgraça,
o passado sepulta!
E lá se
enterra
o espólio de
guerra ...
pois a ela -
terra - pertence!
A terra que
vence!
A essência se salva, se boa, se má ...
sobrevive ao fogo ou à pá!
O mar se entrega humilde
o homem voluntarioso ...
contra a vontade!
Nenhum comentário:
Postar um comentário