terça-feira, 29 de setembro de 2015

A vida é um difícil equilíbrio

A vida é um difícil equilíbrio entre preservar e deixar ir


Ganhar, perder, rir, chorar, abraçar com emoção, fechar os olhos em solidão… A vida é um ciclo que não tem fim, que flui, corre e que escapa das mãos mesmo que se queira retê-la. Como a juventude, como esse amor eterno que uma vez nos venderam e que sempre teve na verdade, data de validade.
A vida é um difícil equilíbrio entre preservar e deixar partir, uma lei que ninguém ensina e para a qual não fomos preparados e que, contudo, vamos aprendendo calados com o tempo.
Desde pequenos somos protagonistas desses acontecimentos que nos marcarão para sempre. Aprendemos, por exemplo, que existem diferentes tipos de perdas.
Sem dúvida você se lembrará daqueles amigos que foram morar em outras cidades e que você nunca mais viu e também da morte de alguns dos seus familiares ou inclusive animais de estimação, e você estabeleceu uma separação dolorosa que jamais conseguiu superar.
A vida tece o seu próprio equilíbrio de ganhos e perdas, costurando distâncias que nunca poderão ser alcançadas, perdas que teremos de assumir para um aprendizado pessoal, o mais solitário de todos.
Falaremos a seguir desta lei implícita da qual todos deveríamos ser conscientes.

Para “preservar” é preciso saber reconhecer o que se tem

A dor da perda é, na verdade, o valor e todo o amor atual que você direciona a aquilo que o envolve. Ninguém chora, por exemplo, por algo que não ama; ninguém sente o vazio de algo que anteriormente não tinha no seu interior. Assim, neste equilíbrio vital que a vida estabelece, é necessário primeiro saber reconhecer tudo aquilo é valioso para si.
Aprenda a valorizar tudo aquilo que o rodeia, olhe nos olhos daqueles que gostam de você. Sinta a simplicidade do dia a dia e viva cada momento como se fosse o último.
A vida é um difícil equilíbrio
Nenhum de nós sabe quão longa ou quão fugaz será a sua “parcela” de vida, ou inclusive a dos outros. Que tal aprender a desfrutar mais do presente e do “aqui e agora”?
Às vezes é difícil; há momentos em que nos vemos cheios de preocupações e obrigações, focamos o olhar no passado e nossas expectativas no futuro, deixando o presente de lado, como se ele não existisse. Como se não estivesse nos abraçando neste exato momento.
Às vezes somos criaturas doentes de nostalgia, e mais, segundo dizem muitos psiquiatras, o cérebro humano passa grande parte do seu tempo evocando lembranças.O que é pior, há quem caia nesses pensamentos obsessivos que o amarram cegamente a esse fracasso de ontem, nesse erro do passado.
O que você perdeu ontem já não existe mais. Deixe-o ir, assuma e aceite-o. A dor de ontem é uma porta pela qual é preciso passar para se reencontrar com o que você é agora, alguém mais humilde e sábio que merece ser feliz de novo.
A vida é um difícil equilíbrio

“Deixar ir” para chegar ao equilíbrio



As vezes associamos a ideia de “deixar ir” a ter que aceitar um fracasso emocional ou uma perda pessoal, quando na verdade praticamos este conceito ao longo de toda a nossa vida. Amadurecer é conceber novas ideias e inclusive confrontar as suas próprias palavras de outrora…


“Deixar ir” não é apenas assumir uma perda ou um fracasso. É também amadurecer, trocar algumas ideias por outras, crescer internamente e inclusive confrontar os seus próprios valores.
 
A vida é um difícil equilíbrio

A criança que você foi teve que desafiar o adolescente que pedia mais direitos, mais liberdades. O adulto entendeu depois que nem tudo é liberdade, que também existem responsabilidades.
A pessoa que você foi há anos com certeza não é igual a quem você vê hoje no espelho.O aprendizado vital, emocional e o simples cotidiano fez você se desprender de coisas e assumir novos conceitos.
Como se vê, cada um de nós “deixa ir” pequenas coisas a cada dia. Contudo, as maiores são sempre mais dolorosas. Por exemplo, como deixar partir da sua mente e do seu coração uma pessoa que antes preenchia todo o seu universo?
Existem vazios que doem e adoecem, buracos onde é possível se perder se você não for capaz de se desprender do que lhe causa mais dor que benefício.

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