"Sê como um criado que espera o regresso do amo" diz Jesus. O criado não sabe a que horas o amo vai voltar. Portanto, mantêm-se acordado, atento, calmo, quieto, temendo não dar pela chegada do amo. Numa outra parábola, Jesus fala das cinco mulheres insensatas (a inconsciência) que não têm azeite suficiente (a consciência) para manterem as candeias acesas (estar presente) e assim não dão pelo noivo (o Agora) e não chegam à boda do casamento (a iluminação). Estas cinco contrastam com as cinco mulheres sensatas que têm azeite suficiente (ficar consciente).
Até mesmo os homens que escreveram os Evangelhos não compreenderam o significado das parábolas, daí que as primeiras interpretações erradas e distorções se tenham infiltrado enquanto as escreviam. Com as interpretações erradas posteriores, perdeu-se completamente o seu sentido real. Estas parábolas não são sobre o fim do mundo, mas sim sobre o fim do tempo psicológico. Apontam para a transcendência da mente egoica e para a possibilidade de se viver num estado completamente novo de consciência.
Eckhart Tolle (O Poder do Agora, pág. 109)
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