terça-feira, 5 de julho de 2016





Aprender a se desapegar, eis a questão.

"Não estamos presos à roda da vida. Nós é que a agarramos com força, com as duas mãos. Há uma história que sempre se conta sobre uma forma particular de aprisionar macacos na Índia. Toma-se um coco com um pequeno buraco. Por esse buraco, com tamanho suficiente para passar apenas a mão do macaco, coloca-se um pedaço de doce de coco. O macaco se aproxima, sente o cheiro do doce, coloca a mão no buraco e agarra o doce. Ele fecha a mão para agarrar o doce. e dessa forma não consegue mais tirar a mão do coco. E então o caçador consegue pegá-lo. Nada prende o macaco ali. Tudo o que ele precisava fazer era abrir a mão e estaria livre para fugir. Ele fica ali preso apenas por desejo e apego, que não o permitem seguir. É dessa forma que a nossa mente funciona. O problema não é o doce de coco. O problema é que não conseguimos soltá-lo. Vocês entendem? O problema não é o que temos ou o que não temos, mas o quanto nos agarramos às coisas." 
Tenzin Palmo











                                          












Quase todos nós vivemos num mundo de abstrações mentais, conceptualizações e imagens - um mundo de pensamentos. 
Estamos imersos num barulho mental constante.
Parece que não conseguimos parar de pensar.
Tal como um cão adora um belo osso, a mente humana adora os seus problemas.
Perdemo-nos a fazer, a pensar, a recordar, a antecipar - perdemo-nos num labirinto de complexidade e n

um mundo de problemas.

A natureza pode mostrar-nos como regressar, como escapar à prisão das nossas mentes.
Feche os olhos e diga para si próprio: 
«Qual será o meu próximo pensamento?»
Depois, fique alerta, como um gato a vigiar o ninho de um rato.
Verá que, se estiver completamente alerta, o próximo pensamento não surgirá...
Eckhart Tolle (Guardiões do Ser, pág. 48, 50, 52, 54)

O mundo, tal como ele nos aparece agora, é em grande medida um reflexo da mente egoica. E sendo o medo uma consequência inevitável da ilusão egoica, ele é um mundo dominado pelo medo. Tal como as imagens num sonho são símbolos de estados e sentimentos interiores, também a nossa realidade coletiva é, em grande medida, uma expressão simbólica do medo e das espessas camadas de negatividade que se foram acumulando na psique coletiva humana.
Nós não estamos separados do nosso mundo, pelo que, quando a maioria dos seres humanos se libertar da ilusão egoica, essa mudança interior afetará toda a criação. Habitaremos literalmente, num mundo novo. Será uma alteração de consciência planetária. O estranho provérbio budista, que diz que cada árvore e cada folha se tornarão iluminadas, aponta para a mesma verdade.

Segundo São Paulo, toda a criação está à espera que os seres humanos se tornem iluminados. É assim que eu interpreto a frase "O Universo criado espera com grande expectativa que os filhos de Deus sejam revelados." E São Paulo continua, dizendo que toda a criação será redimida através disso: "Até ao presente... todo o Universo criado em todas as suas partes geme como se estivesse com as dores de parto".
O que está a nascer é uma nova consciência e, como seu reflexo inevitável, um novo mundo. A mesma coisa está prevista no Apocalipse: "Então eu vi um novo Céu e uma nova Terra, pois o primeiro céu e a primeira Terra tinham desaparecido".
Eckhart Tolle (O Poder do Agora, pág. 203)

Necessitamos mesmo de rotular mentalmente cada percepção dos sentidos e cada experiência?
Necessitamos mesmo de ter uma atitude reativa em relação à vida, do tipo gosto/não gosto, causando assim conflitos quase permanentes com pessoas e com as situações?
Ou será isso somente um hábito mental muito enraizado que pode ser mudado?

Esta transformação não se consegue não fazendo nada, mas permitindo que o momento seja como é.
Eckhart Tolle (A Voz da Serenidade, pág. 72)










Sri Prem Baba                                                                                    






“A transformação só é possível agora. A questão é se libertar do tempo psicológico. E o que nos mantêm presos ao tempo psicológico são os sentimentos negados e as máscaras que usamos para escondê-los. Não importa qual é a máscara, ela não tem saída. A máscara não pode ser livre e por isso você tem de se livrar dela.”
“La transformación sólo es posible ahora. La cuestión es liberarse del tiempo psicológico. Y lo que nos mantiene atados al tiempo psicológico son los sentimientos negados y las máscaras que usamos para ocultarlos. No importa cuál sea la máscara, ellano tiene salida. La máscara no puede ser libre y por esotienes que deshacerte de ella.”
“Transformation is only possiblein the here and now. It is a matter of us being set free from psychological time. What keeps us prisoners of psychological time are our repressed feelings and the masks we use to hide them. It doesn’t matter what mask we use, there is no way out through the mask. With the mask, there is no freedom and for this very reason we must liberate ourselves from it.”




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