Ai que saudade!
Das janelas floridas que pendiam em
cores
das alegres canções que embalavam os
sonhos
das façanhas cantadas, uma a uma ...
e da alegria incontida em ouvi-las!
Do colo de vó!
Dos poucos
recursos à mão ...
mas de tantas
promessas!
Certezas concretas
- de que só podia dar certo!
Tamanha a certeza!
Saudade do burburinho da chuva
... a molhar as ruas de pedra
... a descer pelas calçadas
enquanto regava o musgo do muro
e enchia o balde esquecido!
O mundo parecia
ter dormido
e só eu ... ainda esperava
o sono chegar!
Se a enxurrada fazia um rio
o pássaro ficava sem pio
... a tempestade assustava
mas esperava eu me aquietar
me escondia entre as cobertas
fingia que tinha coragem
e ela ficava do lado de fora!
e ela ficava do lado de fora!
A gente pensava
...
vamos pegar nosso barco e viajar pelo
mundo
... era de
papelão, vela de retalhos de pano
...
surpreendentemente nos levava pra longe!
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