quinta-feira, 14 de julho de 2016

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‘De mim ... pra mim mesma’


Me deixo ficar bem ali, no macio, como quem se deita numa cama muito fofa e não pára mais de afundar. Me coloco abaixo da razão, congelo o tempo e faço a imaginação voar.  É quando tudo pode acontecer...  Posso ser o que eu quiser.

As sombras das minhas folhagens, fazem desenhos no chão, são tão variados que quase não consigo acompanhar, tamanha a rapidez com  que os faço.

Viajando ao sabor do vento para garantir a sobrevivência de minha espécie, a quilômetros de distância de minha mãe ... quando sou um minúsculo esporo.

Ou se afastar, braços e pernas - quatro, mais a minha cabeça, terei cinco pontas e sou uma estrela.   De uma grandeza infinita e proporcionalmente menor do que o sol, ainda assim com luz própria, a cintilar no infinito, presa por fios invisíveis.

Posso ser um pássaro e tomar posse do território que só a nós pertence, alcançando as nuvens, desvendando suas formas e do que são feitas.  Se forem mesmo de algodão ... vou usar pra fazer meu ninho.

Sondar os mistérios dos oceanos, me é permitido, se me transformar num boto ... e em vez de cantar ... vou gritar pela minha não extinção.

Um cavalo, serei - se quiser a liberdade de um galope pelos campos - sem sela e arreios ... fazendo valer a minha natureza selvagem!

Posso ser o que quiser, pertencer ao reino vegetal, animal e até mineral, se me imaginar sendo um rio barulhento, sinuoso e transparente ... ou uma rocha que guarda incrustado no seu seio, o segredo da transformação, através dos milênios.

A nenhum outro ser da criação, foi dado essa oficina de ideias, que nos permite fazer crescer as asas da imaginação!

Nesses momentos em que precisamos sair de cena, isso nos pode ser muito útil,  porque sem uma pausa e um pouco de sonho, ninguém sobrevive!





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