sexta-feira, 1 de julho de 2016

212


Sobre como ‘penso’ o mundo*

‘A boca fala do que o coração se enche’
.  .  .
eu falo do que o estômago se farta
das revoltas que me torcem as vísceras
do amargor que estraga o paladar
dos 'toques' recebidos
das coisas doces também
das línguas ferinas que fazem cadáveres ...
sem deixar de ser uma delas!
Na verdade a boca  fala mesmo
das ideias que pululam na mente
... coisas que entraram lá
pelos olhos, nariz, ouvidos e pele ...
e fizeram uma transformação danada
no que lá já havia 
e se fundiram ... engrossaram
 ou conturbaram, repeliram, desagregaram
 moldaram ...  produziram
submergiram para depois emergir
... o que ora relato:
Penso como vejo, cheiro, escuto e sinto!





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