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Histórias
de abandono e rejeição
Como
seres humanos, carregamos conosco alguns ‘sacos sem fundo’. Vou tentar explicar.
Tudo
aquilo que recebemos, colocamos em seus devidos sacos: afeição, ofensa,
atenção, desconsideração, reconhecimento, desqualificação, indiferença, amor ... A tendência é que os sacos de coisas ruins se
encham rapidamente, porque o pouco colocado, logo atinge o limite inferior do
saco, a base. Se os ‘sacos’ das coisas
ruins se enchem facilmente, por que não se dá o mesmo com os ‘sacos’ das coisas
boas?
Algumas
pessoas parecem ter ‘sacos’ bem maiores, quando se trata daqueles destinados às
coisas boas. Geralmente são as pessoas - consideradas 'pedra’ nos nossos próprios 'sacos' de coisas ruins - mais necessitadas de sempre receberem ... e receberem ... e ficarem
sempre na cobrança de receber mais. Por
mais que recebam coisas boas, nunca enchemos o ‘saco’ delas.
O saco
nunca está cheio?
É um vazio,
vindo não se sabe de onde, funcionando como um dreno, um furo no fundo do saco,
que transfere para fora todo o conteúdo recebido.
O fundo
do saco é falso?
Ele se
expande, aumentando de tamanho indefinidamente?
O saco
está trocado?
O vazio
se deve a outro tipo de carência que não aquela ‘inscrita’ no saco ... e é
óbvio que ele nunca ficará cheio! Ex.: à
uma suposta falta de atenção ou reconhecimento, por parte dos pais ... a pessoa
passará a vida toda a esperar, a exigir e cobrar ‘atenção’ dos seus amigos, parceiros,
superiores no trabalho. Será um quase
eterno mendigo, até identificar a sua real fonte – de onde provém a falta ... e
a ‘veracidade’ dessa queixa ... aí então, e só assim, seu ‘saco’ conseguirá
obter a plenitude.
Ninguém
é tão prejudicado, a ponto de não conseguir nunca encher o seu ‘saco’ da
afeição. Desde que os sacos estejam devidamente
catalogados e ordenados, é possível sim, saber qual está completo, qual está
insuficientemente preenchido e aonde procurar o que falta para enchê-lo! Muitas vezes, é necessário procurar ajuda,
para identificar de que forma estamos tornando nossos ‘sacos’ rotos e impossíveis
de serem preenchidos. Essa é uma tarefa quase impossível de se fazer contando só conosco mesmos!
O que será que falta? Onde encontrar? O que fazer?
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