segunda-feira, 4 de abril de 2016








Eckhart Tolle em português









Ser uno com a vida é ser uno com o Agora. Então, percebes que não és tu que vives a tua vida, mas a vida que te vive a ti. A vida é a bailarina e tu és a dança.





O maior feito realizado pela Humanidade não está relacionado com o que ela conseguiu atingir na arte, na ciência ou na tecnologia, mas com o reconhecimento da sua própria disfunção, da sua própria loucura. Um indivíduo chamado Siddhartha Gautama, que viveu há 2600 anos na Índia, foi talvez o primeiro a vê-lo com toda a clareza. Sensivelmente na mesma altura, surgiu na China outro dos mestres iluminados. Chamava-se Lao-Tsé. Lao-Tsé deixou registo dos seus ensinamentos num dos livros espirituais mais profundos alguma vez escritos: o Tao Te King.
Reconhecermos a nossa própria insanidade é, obviamente, o primeiro passo a dar para alcançar a sanidade mental, o início do processo de cura e transcendência. Uma nova dimensão de consciência começou então a emergir no planeta, uma primeira tentativa de florescimento. Estes indivíduos extraordinários falaram com os seus contemporâneos. Falaram do pecado, do sofrimento, da ilusão. Disseram: «Observa o modo como vives. Olha para o que estão a fazer, para o sofrimento que crias.» Então, apontaram para a possibilidade de um despertar do pesadelo coletivo da existência humana «normal». Indicaram o caminho.
 (Um Novo Mundo, pág. 19)




Independentemente do que dizemos, fazemos ou do rosto que mostramos ao mundo, o nosso estado mental e emocional não pode ser escondido. Todos os seres humanos emanam um campo energético que corresponde ao seu estado interior, e que é percep

tível pela maior parte das pessoas, apesar de poderem sentir esta emanação de energia de outro ser humano apenas a um nível sublimar. Isto significa que as pessoas não sabem o que sentem, mas esta emanação de energia determina, em larga medida, os seus sentimentos e o modo como reagem aos outros.
Algumas pessoas tornam-se conscientes dessa energia quando conhecem alguém, mesmo antes de trocarem algumas palavras com essa pessoa. Contudo, um pouco mais tarde, as palavras assumem o controlo da relação e, juntamente com as palavras, surgem os papéis que a maior parte das pessoas desempenha. A sua atenção concentra-se então no domínio da mente e a capacidade de sentir o campo energético da outra pessoa é bastante reduzida. Não obstante, este campo energético continua a ser sentido a um nível inconsciente.
 (Um Novo Mundo, pág. 136)




A alegria do Ser
A alegria do Ser, que é a única felicidade verdadeira, não pode vir até si através da forma, ou seja, através de qualquer bem material, feito individual, pessoa ou acontecimento - através de qualquer coisa que aconteça. Essa alegria não pode vir até si - nunca. Ela emana da dimensão informe que existe dentro de si, da própria consciência e, por conseguinte, é una com que você é.

 (Um Novo Mundo, pág. 176)




O cérebro humano constitui uma forma altamente inteligível através da qual a consciência entra nesta dimensão. Contém cerca de cem mil milhões de células nervosas, designadas por neurônios, mais ou menos o mesmo número de estrelas que existem na nossa galáxia, que podia ser vista como um cérebro macrocósmico.
O cérebro não cria a consciência, a consciência é que criou o cérebro, a forma física mais complexa à face da Terra, para se exprimir. Quando o cérebro sofre lesões, isto não significa que perdemos a consciência. Significa que a consciência já não pode usar essa forma para entrar nesta dimensão. Não podemos perder a consciência porque ela é a essência de quem somos. Só podemos perder algo que temos, não algo que somos.

 (Um Novo Mundo, pág. 237)











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