sexta-feira, 15 de abril de 2016


JUNG: O EGO E A SOMBRA






 Qualquer árvore que queira tocar os céus precisa ter raízes tão profundas a ponto de tocar os infernos."

Carl Jung

Quando a pessoa consegue suprimir o aspecto animal de seu estado natural, ela pode se tornar “civilizada”, mas esta repressão só pode ser executada através das capacidades motivadoras da espontaneidade, da criatividade, das emoções e das intuições. Quando o indivíduo traz em si um desequilíbrio, a sombra se aproveita dessa fragilidade. Um grande exemplo que pode ser citado é de um alcoolista compulsivo que com o tempo consegue vencer seu hábito e dominar o vício. A partir do momento em que o mesmo se encontra “curado”, os motivos que desencadearam o vício são forçados a recolher-se para o inconsciente, aguardando uma oportunidade para se expressar. O sujeito então, ao se deparar com uma situação traumática e conflituosa com a qual ele não pode lidar, a Sombra se manifesta com extrema força, originando dessa forma aquilo que denominamos recaída.

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