segunda-feira, 18 de abril de 2016

Anete Blefari e Instituto Essencial para o Desenvolvimento do Ser



Construindo o Ser, para Fazer e Ter



Para se obter plenitude, o importante, primeiro, é construir o Ser e depois, fazer para ter. Em nossa sociedade fazemos o contrário, fazemos muito para ter e depois é que pensamos no Ser.

Como podemos construir nosso Ser?  Já não somos? Por que se preocupar em Ser? O que é, já é.

Em nossos condicionamentos educativos e culturais, somos levados a olhar para o externo e, assim, vamos nos esquecendo do interno, que é a base de uma vida completa e realizada.

No meu entender, acabamos nos desconectando de nós mesmos e vamos nos perdendo numa grande confusão de paradigmas, conceitos e dogmas formulados há séculos para nos controlar socialmente. Os resultados, para o Ser, são desastrosos. Ficamos neuróticos e acreditamos que podemos controlar os outros e a vida. Acreditamos que precisamos do outro para sobreviver, para nos amar. Acabamos por acreditar que o outro é a razão de nossa vida, o que não é verdade. Muitas pessoas vivem a vida dos outros e ficam perdidas, sem saberem de si próprias. Enfim, com essa disfuncionalidade, temos pensamentos, crenças, sentimentos, emoções e comportamentos distorcidos da realidade. Criamos um mundo imaginário, onde o outro corresponde àquilo que gostaríamos e não àquilo que é realmente.

Somos tão condicionados e estimulados para o externo, que não temos tempo para parar e questionar nossos próprios comportamentos disfuncionais. Esquecemos de nos autoperceber. Dessa forma, criamos um mundo totalmente desconectado da nossa própria essência, do nosso Ser.

Quando acostumamos a ignorar nossos conteúdos internos e voltamos a atenção para o mundo externo, criamos padrões de pensamento, de comportamentos automatizados, que nos levam às reações automáticas. E assim, vamos repetindo esses padrões, de forma inconsciente, que  nos geram muito sofrimento.

Se não temos consciência de nossos comportamentos, vamos repetindo disfuncionalidades em nossa vida e muitos problemas começam a se acumular. Quando chega a um determinado nível de sofrimento, e isto varia de pessoa para pessoa, começamos a perceber que há algo errado e está se repetindo. Se não acusamos os outros e compreendemos que os problemas e as soluções estão dentro de nós, podemos buscar ajuda para por um fim nesses padrões repetitivos e inconscientes.

Ao assumir a responsabilidade de nos corrigir, agimos na direção certa: harmonizar nosso próprio Ser, nosso interior. Surge, então, a direção correta: o SER para FAZER para TER.

Há de se ter coragem e determinação para iniciar essa jornada. Se percebemos que algo está errado dentro de nós, o caminho já está facilitado, para a libertação desses padrões inconscientes.

É isso que eu chamo de construir o Ser. Acredito, realmente, que é uma construção interna e muito valiosa para nossa felicidade. E é nesse momento, que voltamos os olhos para nosso interno, para nos compreender.

A jornada inicia-se com a mudança do olhar externo para o interno. Ao fazer isto, vamos adquirindo autoconhecimento e compreensão sobre nós. Podemos, então, desprogramar tudo aquilo que nos leva aos atos reativos e inconscientes, que formaram os padrões disfuncionais.

Para aquele que desperta para a necessidade de se olhar para dentro, a jornada, para a autotransformação, está se iniciando.

E como se faz a jornada interna? A partir de uma conscientização de nossos pensamentos, emoções e sentimentos, que disparam as reações automáticas. Podemos assim, ir compreendendo todo o conjunto que faz parte daquele “programa”, que nos levava a reagir automaticamente e sempre do mesmo jeito.

Ao nos conscientizar dos pensamentos distorcidos, podemos dissolvê-los e corrigi-los. Vamos, então, transformar energias emocionais e mentais, para assumir nossa automaestria e recuperar nosso poder pessoal. Para que isto ocorra, é necessário aprender a se autoamar. Para se autoamar, é necessário olhar para dentro, se autoconhecer e se autoperdoar. Esta é uma grandiosa e realizadora jornada. Vale sempre a pena.

Considere fazer essa jornada de amor por você mesmo, porque você pode, você consegue e merece o melhor.

Nascemos para ser felizes, para vencer todos os desafios que a vida nos coloca em nosso caminho. Sim, somos capazes, basta acreditar em si para vencer. Vamos lá?  Muita paz, luz e amor!

Anete L. Blefari

Nenhum comentário:

Postar um comentário