quinta-feira, 14 de abril de 2016


Apesar de o corpo ser muito inteligente, não sabe distinguir entre uma situação real e um pensamento. Reage a todos os pensamentos como se fossem uma realidade. Desconhece que é apenas um pensamento. Para o corpo, um pensamento de preocupação ou medo significa «Estou em perigo», respondendo ele em conformidade com esse facto, mesmo que esteja deitado à noite numa cama quente e confortável. O coração bate mais depressa, os músculos contraem-se, a respiração torna-se acelerada. Há uma acumulação de energia, mas, como o perigo é uma ficção mental, a energia não tem escape. Uma parte dessa energia alimenta a mente e gera mais pensamentos de ansiedade. A restante energia torna-se tóxica e interfere com o funcionamento harmonioso do corpo.
Eckhart Tolle (Um Novo Mundo, pág. 114)






Se tiver um padrão de comportamento compulsivo, como fumar, comer demasiado, beber, ver televisão, navegar na Internet ou o que quer que seja, eis o que pode fazer: quando sentir a necessidade compulsiva a surgir dentro de si, pare e respire conscientemente três vezes. Esta atitude gera consciência. Depois, esteja atento, durante alguns minutos, à sua própria ânsia compulsiva como um campo energético existente dentro de si.
Sinta conscientemente a necessidade de ingerir ou consumir física ou mentalmente a substância em questão, ou o desejo de agir devido a alguma forma de comportamento compulsivo. A seguir, respire conscientemente mais algumas vezes. Depois disso, a ânsia compulsiva pode ter desaparecido - por algum tempo. Pode também continuar a dominá-lo, sem que você consiga evitar satisfazê-la ou agir de acordo com ela. Não a transforme num problema. Torne a dependência uma parte integrante da sua experiência com a consciência descrita anteriormente. À medida que a consciência aumenta, os padrões de dependência começam a enfraquecer e acabam por desaparecer.
Não obstante, lembre-se de fixar quaisquer pensamentos que justifiquem o comportamento viciante, por vezes com argumentos bastante astutos, à medida que eles surgem na sua cabeça. Pergunte a si próprio: quem é que está a falar? E vai perceber que é a dependência que está a falar. Enquanto estiver ciente disso, enquanto estiver presente como o observador da sua mente, é menos provável que ela o engane e o leve a fazer o que ela deseja.
Eckhart Tolle (Um Novo Mundo, pág. 202)




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