terça-feira, 15 de setembro de 2015

 
[Textos - 9 - "Medo" - 15/09/15]    





Onde é a nascente do medo?
Em que terreno  propício,  ele se sente confortável,
para deitar suas raízes tão finas quanto profundas?
Não falo do medo que nos faz sobreviver.
 Falo daquele que, enquanto nos livra das opções ruins,
nos nega as boas!
"Miramos no que vemos e acertamos no que não vemos."
Deve nascer líquido,
e se aproveitar das mesmas vias por onde viaja o sangue,
para chegar a todas as partes do corpo,
     embora corra  gelado!
Arranja muitas formas de se manifestar
como emoção que é!
Às vezes, é sólido quando empedra os rins, os pulmões...
A um simples toque de pele,
nos remete a alguma sensação guardada...
 Pode se alojar no final da coluna,
dando aquela dor de barriga.
 Pode ser acordado por um cheiro conhecido;
se espalhar  pelo estômago e não conseguirmos comer;
tomar conta do peito e não podermos respirar, 
nessa hora então, ele é ar.
A mente mente.
Tentamos transformar o irracional em racional,
e nos transportamos a um  lugar intermediário,
que não reconhecemos como sendo nenhum dos dois.
Astuto, ele se faz perceber...
 Cabeça, peito, estômago, mãos;
  não necessariamente nessa ordem .
A verdade é que, nos damos conta de que tomou tudo,
até nossos pés.

15/09/15




  




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