[Textos - 10 -
"Luz tardia" - 05/07/08]
Há pouco, era madrugada. Os telhados, crescentes e decrescentes, ainda retêm a umidade que a névoa trouxe. Os pássaros, que não semeiam, se alimentam do que encontram. Estou no meio da via movimentada de minha vida, frente aos faróis dos veículos que transitam com pressa. Atravesso- a , diagonalmente,
desafiando suas pressas.
Olho para as árvores que crescem como eu em direção aos céus, pergunto a elas se sofrem como eu,
se sentem dor como eu...
Todas temos nossos braços estendidos ao alto, a despeito de tudo que nos faz mantê-los abaixados. Caminho e vejo as folhagens que escapam através dos muros das casas, aprecio o desenho dos portões de ferro. Vejo flores mimosas, outras ostensivas em sua beleza, que se esticam por sobre os muros, tentando fugir à rua.
Dentro de mim, sei que o sol tardará a bilhar,
a mesma luz tardia que verei, você verá também!
Cabe em mim o amor que é seu,
até que me peça!
A quem possa interessar:
Nesse caso, nesse texto, eu ouvia esta música do "Buddha Bar - Secret Love", quando ele (o texto) ganhou vida!
Coloquei o link caso queiram apreciá-la.
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