Sempre que ocorre uma perda trágica, podemos resistir ou render-nos. Algumas pessoas tornam-se amargas ou profundamente rancorosas; outras tornam-se piedosas, sábias e amorosas. A rendição significa aceitar interiormente o que existe. Estamos abertos à vida. A resistência é uma contração interior, um endurecimento da carapaça do ego. Estamos fechados. Qualquer ação cometida num estado de resistência interior (que também podemos designar por negatividade) criará mais resistência exterior, e o Universo não estará do nosso lado; a vida não nos irá ajudar. Se as persianas estiverem corridas, a luz do Sol não consegue entrar. Quando nos rendemos interiormente, quando nos entregamos, abre-se uma nova dimensão de consciência. Se for possível ou necessário agir, a nossa ação estará alinhada com o todo e será apoiada pela inteligência criativa, a consciência incondicionada com a qual nos tornamos unos se estivermos receptivos interiormente. As circunstâncias e as pessoas começam então a ajudar-nos, a cooperar connosco. As coincidências acontecem. Se não for possível agir, confiaremos na paz e na serenidade interior que surgem quando nos entregamos. Confiaremos em Deus.
Eckhart Tolle (Um Novo Mundo, pág. 52)
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