O que em mim precisa morrer
e não me serve mais?
Quantas vezes nos queixamos diante de situações que não sabemos como lidar… olhamos com certa indignação, perguntando-nos “Por que comigo?, Por que não consigo sobrepor, encarar, transformar esta dificuldade que se apresenta na minha vida?”
A cura pode estar em perceber que existe um apego inconsciente a estas situações que nos diz “mantenha isso…” e a resposta para este conflito pode estar em simplesmente deixar morrer partes em nós…
Explico: qualquer mudança traz o novo, novas responsabilidades, perspectivas, posicionamentos e decisões! Implica receios e força para novas atitudes e mudança de padrão. Este crescimento iluminará novas potências…
Entretanto muitos preferem um eterno lamento ao risco de mudar, ao risco do término e novo início. Por vezes esperamos um estar pronto que nunca chega… e seguimos alimentando o auto boicote!
Interessante pontuar que a coragem não significa ausência de medo, e sim agir mesmo com medo… para agir sem medo não precisaríamos ser corajosos!
Além do novo, a mudança também traz a morte e o desapego do que não serve mais, inclusive do que se reclama… a morte do que em nós não consegue se comprometer com as consequências das transformações, geralmente um aspecto ainda criança que espera que tudo se resolva como num passe de mágica, sem esforço, riscos ou adaptações… ainda está esperando pelos pais, por alguém que julga ser mais forte para tomar a frente… uma parte que prefere a dor da reclamação à responsabilidade da ação.
Neste sentido, a pergunta a ser feita não é “O que fazer para acabar com o conflito?”, a grande pergunta é “O que eu estou fazendo para manter o conflito? O que em mim precisa morrer e não me serve mais?”
Andrea P. Murer
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