971 __ PUPA E CRISÁLIDA __ 22/05/19
Tudo vem e tudo sai de dentro. Do que permitimos que entre e permaneça, de tudo que permitimos que saia. Eu diria, que é lá, onde tudo nasce e cresce, com base no alimento que damos, do que temos disponível e conhecido.
O que deixamos entrar e se soma, a tudo que já existe - em forma de uma certa certeza; ou diminui, de algo que também já está guardado - dando origem a uma dúvida; é o que somos, no momento exato. No próximo, seremos outros.
Entre entradas e saídas, somas e subtrações, a contabilidade se atualiza, em conhecimento e reconhecimento, em comportamento e emoção. Sendo assim, entradas ou saídas, podem significar, igualmente, multiplicações ou divisões, a serem feitas dentro de nós, nos conteúdos que carregamos.
Somos eterna pupa, mas ao contrário dela, estamos sempre em movimento, contorcendo as entranhas e fritando neurônios; tentando dar conta de toda a informação e estímulo; separando o que nos é benéfico e não, o que convém ou não fazermos.
Como ainda incorremos em erros, são muitos invólucros rompidos, de um número incontável, que nos mantiveram envolvidos por certo tempo, e conscientes ou não, passamos também, por inumeráveis fases, nos servindo de casulos protetores e oportunos, a cada etapa de nossa evolução.
Se somos eterna pupa, também somos eterna crisálida, espremendo a transformação, de cada fase de introspeção.
arte | greg spalenka
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