sexta-feira, 24 de junho de 2016

Quatro sinais que revelam um relacionamento abusivo




Não é fácil estabelecer parâmetros rígidos para definir um relacionamento abusivo. Na verdade, o mesmo critério de “abuso” não pode ser aplicado a todas as relações em que existe um explorador e um explorado. Estritamente falando, o abuso ocorre se uma das partes for impedida de responder em condições de igualdade contra a coerção, agressão e intimidação.
Há abuso quando alguém usa a sua posição de poder ou preeminência para controlar o comportamento do outro, dependendo de suas próprias necessidadesHá abuso quando uma pessoa se aproveita da fragilidade física ou emocional de um outro para colocá-lo a seu serviço. O abuso também está configurado se existem circunstâncias pelas quais uma pessoa é dependente de outra e essa dependência é usada para coagir ou restringir sua liberdade de ação.
Às vezes o abuso não é tão óbvio porque não é mostrado por insultos ou gritosÀs vezes é simplesmente um processo sistemático de desclassificação, manipulação e chantagem, para alguém se tornar uma pessoa incapaz de agir, responder ou decidir livremente. Ao mesmo tempo, tudo isso se justifica alegando como motivo principal um grande amor ou o bem-estar do outro.
A verdade é que em todos os casos, o abuso deixa feridas no coração e na menteMina os recursos criativos e enche a vida de medo. Portanto, você deve ficar atento a alguns sinais que podem avisá-lo de que você está em uma relação abusiva.



Medo: sinal claro de um relacionamento abusivo
medo é talvez o sinal mais óbvio de que estamos diante de um relacionamento abusivo. Às vezes é um medo evidente: a pessoa se torna muito tensa na presença do outro pensando no “castigo” ou nas consequências que podem resultar se contrariar essa pessoa.
Outras vezes o medo é mais sutil: existe um desejo excessivo de agradar o outro. Com essa atitude a pessoa pretende não dar motivos para mudanças de humor e está constantemente preocupado com o que fazer para deixar o outro sempre satisfeito.
Controle excessivo sobre tudo o que você faz

Em um relacionamento abusivo, um dos dois tem que prestar contas constantemente ao outro sobre tudo o que faz, e até mesmo o que pensa ou sente. Parece que você não tem liberdade para se mover ou agir sem consulta prévia ou sem informar a pessoa.
 É provável que esse controle se estenda às suas finanças e até mesmo à forma de se vestir ou pentear o cabelo. Praticamente tudo o que você faz deve passar pela aprovação da pessoa e, se isso não acontecer, dificilmente conseguirá seguir em frente.

Sentindo-se culpado
Nos relacionamentos abusivos de qualquer tipo, aparece um sentimento de culpa constante. A pessoa se sente inadequada e incapaz de se defender. Essa pessoa que é a fonte do abuso o critica constantemente e por isso você se sente culpado.
Nestes casos, pode acontecer uma de duas situações ou ambas: você acredita que o outro é o dono da verdade e tudo o que faz é para ajudá-lo, ou então percebe que as coisas não estão bem, mas não encontra forças para mudar a situação. Os dois casos provocam culpa: no primeiro caso por não se ajustar ao que o outro espera de você; no segundo, por ser incapaz de estabelecer limites.
A ameaça e a coerção estão presentes

Em um relacionamento abusivo um pode obrigar o outro a fazer algo que não quer. Pode ser através da agressão física direta, ou mediante ameaças e coerções mais sutis. No entanto, a essência de tudo isso é que você não quer fazer algo e é obrigado a fazê-lo pela pressão do outro.

O abusador sabe perfeitamente de onde vem o seu poder. Se for a dependência financeira, suas ameaças diretas ou veladas serão nesse sentido. Se for a dependência emocional, brincará com o seu medo de abandono e assim sucessivamente.

Neste caso estamos falando de dois adultos sem limitações físicas ou mentais; para que haja abuso são necessárias duas pessoas. Ambos são responsáveis pelo abuso e muitas vezes o abuso é mútuo; enquanto um utiliza a força, por exemplo, o outro responde como a vítima da situação. Portanto, esta é uma situação que deve ser resolvida rapidamente, porque mais cedo ou mais tarde afetará negativamente os envolvidos.

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