sexta-feira, 10 de junho de 2016


Lacunas (...)                    197



Empenho por apossar-se de sua “propriedade” - sem o  esforço em conquistar-lhes os “sentimentos” - entenda:   nunca garante alegria ... são coisas ambivalentes!

Como preencher os momentos não vívidos?
Medidas de tempo vazias, não preenchidas Com a alegria que lhes era devida!  Espaços em branco, lacunas (...)  Furtados da minha mão!  Não por conta da vida, nem por falta de 'papel e caneta'!


Até consigo não colocar neles uma pequena mágoa ... às vezes ... e deixá-los como estão!  Mas é inevitável não insuflar-lhes,  até transbordarem, uma revolta por indignação ... em perceber que já não sou mais ‘eu’ mesmo daquela época ... que temo não ter mais tempo de passar pelos momentos que queria ter vivido e ainda quero!

Passei do fogo alto ao médio - onde são consumidos minhas células e neurônios!

Já não posso mais com isso, deixá-los como estão!
Meu corpo descansa, mas os pensamentos se recusam a fazê-lo e  na manhã seguinte são os primeiros a despertar!














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