Projeto autoperdão, o caminho para uma vida leve e saudável
Para você que está descobrindo agora que as pessoas que você ama jamais foram ou serão como você gostaria, prepare para descobrir também que, por cultivar essa ilusão durante a vida, você está muito ferido no coração. Algumas pessoas chamam isso de cansaço, angústia, tristeza, dor, vazio…
Mas o nome disso é mágoa, um sentimento que sempre “buzinou” na sua cabeça algo assim: “presta atenção criatura e pára de esperar dos outros o que eles não conseguem e nem querem ser”. Essa mágoa, em verdade, sempre foi sua amiga e você nunca deu atenção a ela. Ela alimentou seu discernimento e sua intuição com ideias de autoproteção e você teve medo de ouvi-la, porque preferiu acreditar que podia mudar as pessoas que ama ou que essas pessoas mudariam por sua causa.
Agora, porém, você descobre sua dor, sua insatisfação com muitas coisas e percebe que negou a vida inteira seus próprios sentimentos que pediam para cuidar de você mesmo, antes de tudo e de todos. Descobrir que você é o principal responsável pela sua dor de ofensa é doloroso. É um ato de auto magoar-se.
Ok! Está doendo, mas tem jeito. Adote o PROJETO AUTOPERDÃO. O foco em si mesmo.
Comece a olhar mais para o que você quer, prepare-se para abrir mão de sua lista de cobranças pelo que fez em favor de quem ama, invista em um processo terapêutico que te ajude a entender suas emoções sufocadas, assuma um compromisso com seu lado luz que está esperando seus cuidados, tenha coragem de olhar para os verdadeiros sentimentos sombrios que você tem com as pessoas que ama e, sobretudo, acredite que, em qualquer época da vida, seja em que idade for, a vida começa mesmo é quando você decide corajosamente amar a você e conceder a você o título de pessoa mais importante de sua vida.
Quem espera demasiadamente das pessoas que ama, condena-se à chance de ser magoado. As pessoas são o que são e não é papel de ninguém viver para atender o que o outro espera dele. Ninguém existe para o outro. Isso é uma ilusão massacrante da cultura social. Vivemos para dar conta de nós e cooperar com o crescimento do outro, mas não para ser gerente da vida, das escolhas e dos esforços que competem ao outro desenvolver em favor da vida que é dele. Amar não é tomar conta ou sentir-se responsável pela vida de quem amamos. É ser coparticipante da vida dele, da melhor forma que pudermos, só um coparticipante, nada mais.
Uma relação construída com base em expectativas atendidas ou não atendidas constrói alicerces muito frágeis que vão impedir a presença da alegria, da amizade, da sinceridade e do bem querer.
Perdoe a você por esperar tanto dos outros. Ao fazer isso, você se desliga de tudo que é excesso em relação ao que gostaria que acontece aos seus amores e passa a viver uma vida real, como ela é, do jeito que as coisas tem que acontecer, longe da neurose de controle e do doentio impulso de saber o que é certo ou errado para outrem.
O caminho do amor é outro. É pela cumplicidade, pela entrega, pela honestidade emocional, pelo incentivo, pela crença na competência do outro e pela construção da honra da confiança que uma relação se fortalece e vale a pena.
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