sexta-feira, 23 de outubro de 2015



Prem Abodha
A culpa é parte da mente egocêntrica; ela não é espiritual. As religiões a exploram, mas ela nada tem a ver com espiritualidade.
A culpa simplesmente lhe diz que você poderia ter feito diferente. Trata-se de um sentimento do ego, como se você não fosse impotente, como se tudo estivesse em suas mãos.
Nada está em suas mãos. Você próprio não está em suas mãos. As coisas estão acontecendo, nada está sendo feito. Uma vez entendido isso, a culpa desaparece. Algumas vezes você pode chorar e se lamentar por algo, mas no fundo você sabe que aquilo tinha de acontecer, porque você é impotente, uma parte de uma enorme totalidade – e você é uma parte muito minúscula. É como quando existe uma folha em uma árvore, vem um forte vento e a folha se separa da árvore. Agora a folha pensa em mil e uma coisas – que poderia ter sido de uma outra maneira, e não dessa maneira, que essa separação poderia ter sido evitada. O que a folha poderia fazer? O vento era forte demais.
A culpa lhe dá uma noção errada de que você é poderoso, de que você é capaz de fazer tudo. A culpa é a sombra do ego: você não podia mudar a situação e está se sentindo culpado a respeito. Se você a investigar profundamente, perceberá que você era incapaz, e toda a experiência o ajudará a se tornar menos egocêntrico.
- Osho -

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