A música pop funciona de forma similar
à Síndrome de Estocolmo
Já se perguntou porque você de repente começou a gostar daquela música que odiava, mas que não pára de tocar na rádio?
O primeiro ataque acontece enquanto você está assistindo à televisão e o jornal avisa que o hit do Carnaval é Gordinho gostoso, de Neto LX, música que seus ouvidos recebem como ruído de unhas arranhando um quadro negro. No dia seguinte, você está tranquilo no supermercado escolhendo se vai levar o pão com sete ou 12 grãos quando é novamente surpreendido pelo Gordinho no sistema de som. Aí você entra no carro, liga o rádio e: Gordinho gostoso. É tanta repetição que a música de repente nem parece tão ruim. Tanto que eventualmente você, quem diria, faz uma busca por Neto LX no YouTube e sai cantarolando que “não é Friboi mas tá na moda”. É oficial: você é definitivamente mais uma vítima da síndrome de Estocolmo musical.
Não é tão grave, não é uma doença, é só uma piada do apresentador Mike Rugnetta sobre o fenômeno no qual as vítimas passam a simpatizar com seus sequestradores. É que as regiões emocionais do cérebro, incluindo os centros de recompensa, ficam mais ativas quando ouvimos músicas familiares. Muito mais ativas do que quando ouvimos uma música nova que atende a todos os nossos critérios musicais. A sensação é parecida com um colo de mãe. “Ouvir uma música que conhecemos ativa fortemente as regiões do sistema límbico, responsável pelas emoções, e também dos centros de recompensa, que nos dão a sensação de prazer quando somos submetidos a determinado estímulo, o que vai fazer que procuremos novamente esse estímulo”, disse a GALILEU Carlos Silva Pereira, neurocientista autor do estudo...
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