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CLAMOR
03/03/17
03/03/17
Ouviste-me, enquanto eu atravessava os mares distantes?
Singrando as águas e a espuma que faziam?
De como cheguei às águas doces
... às suas margens?
Quando serpenteei rápido, com meu corpo frio
e me insinuei em ‘esses’,
sobre as areias farfalhantes,
sem quase tocá-las?
À noite, quando fiquei escondido e descansei
debaixo das areias dos desertos
... dormistes também?
Sussurrei a minha mensagem,
querendo que o vento a levasse, por entre as folhas,
através da luz e escuridão das florestas
... confiei nele!
Esperei que ele roçasse o teu rosto e te contasse
das minhas promessas!
Cortei rasante, as campinas e sua vegetação.
Balancei o trigo nos campos e dancei com ele.
Apressado ... tranquilo,
uma grande viagem!
O vento, ou o próprio ar, diriam o mesmo
– que vim de longe, muito longe –
só pra dizer o que queres ouvir!
arte | cecile veilhan
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