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PODER E INTENÇÃO
12/03/20
O melhor, é poder deitar minha consciência tranquila, sobre um travesseiro repousante. Saber que fiz de tudo e um pouco mais, do que esteve ao alcance das minhas pernas e braços, do meu intelecto e do meu coração; e que se pequei, pequei por excesso. Dói bem menos, saber, que pude ter invadido território alheio, na ânsia de ajudar; do que perceber que podia ter feito algo e preferi me acovardar. Não podem me acusar de ser indiferente, quanto ao sofrimento, que também sentia como sendo meu, e que me era impossível não ter feito nada para amenizar, absolutamente, isso não é do meu feitio.
Agora, me retiro do território alheio, reconheço suas cercas, respeito seus costumes. Seguro dentro de mim, a impotência de não poder alterar as coisas que não são 100% de minha alçada, cujos desdobramentos só espirravam em mim, como que, por um efeito secundário; eu só estive equivocado, quanto ao meu poder e intenção.
Hoje, aprendo a administrar esses respingos, quando estes recaem sobre mim, inevitavelmente. Aprendo a me limpar ou a me conservar distante deles, o suficiente pra que não me atinjam, quando isso é possível.
arte | majali
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