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RAIVA
15/03/16
Se você mandar embora, uma criança que vem lhe reclamar porque está com raiva de alguma coisa ou de alguém, ela muito provavelmente vai, mas vai voltar e reclamar de novo, porque sua queixa não foi compreendida por você. Nem sempre é preciso resolver a questão, mas o motivo da raiva tem que ser analisado. Por mais pueril que ele seja, é nossa função escutar o que essa criança tem a nos dizer, e possibilitar que essa emoção seja vivenciada.
Quando sentimos raiva, mesmo não sendo mais crianças, devemos “ouvir” o que “essa raiva” tem a nos dizer. Se for uma emoção autêntica, gerada de uma violação da nossa individualidade, ela tem todo o direito e razão de aparecer, para nos alertar de que um direito real nosso, está sendo ameaçado! Não podemos ser coniventes com o abuso do outro contra nós e os limites devem ser respeitados.
Fomos educados para não sentir raiva ... e que é uma coisa que devemos “arrancar do coração”. Além da dor “da ofensa”, arcamos também com a culpa por sentir raiva! Porque é inevitável senti-la. E ela ficará lá, em algum lugar, mesmo que bem escondida, mas quando retornar, virá mais forte e mais ressentida.
Então não podemos simplesmente, afastá-la ou negá-la! Não “olhar pra ela”, não a fará desaparecer!
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