terça-feira, 10 de dezembro de 2019




845 | O MEDO, SEU TAMANHO E SEU DONO | 10/12/18

Peço a Deus, que conserve meus medos longe de mim, à uma distância segura, pra que nunca me alcancem.  E mesmo assim, sei que servem ao propósito: de me manterem à frente, em movimento, buscando recursos de proteção e defesa.

Eles são grandes, escuros e falseiam suas caras.  Às vezes dentro do peito, na garganta, nas entranhas; às vezes fora de mim, se sentam à mesa e se deitam comigo ... e quando ausentes, sei que estão por perto, à espreita.  

Nem sempre consigo olhá-los de frente e conversar com eles, nem sempre os reconheço como sendo, somente meus, o fato é que os trago comigo.

Rogo a Deus, pra que não me façam mais mal, do que já fazem, que não sejam tão grandes, nem tão escuros, que todo pavor seja um produto fantasioso de minha mente.  

Ah! ... como gostaria de que coubessem, de novo, debaixo da minha cama, a temer que me pegassem somente os pés!

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