sábado, 14 de dezembro de 2019




1101 | UM MANTO CRAVEJADO | 14/12/19

No centro, uma fornalha de ouro ... preso a ela, por fios invisíveis, várias contas coloridas.

Têm seu propósito de vida, no firmamento, não só pelo brilho que trazem (ou não), mas por suas simples existências, no fino colar do céu, que adorna o pano azul: ora claro, de um só tom ... ou cheio de pedaços de algodão ... ora escuro, quase negro.

Tem safira bruta, coral, pura terracota, esmeralda, todas refletem a luz.
Há as que parecem pedra, com estrias e desenhos, algumas são seixos rolados, retirados de algum rio; algumas frias, outras quentes, apenas a nossa, amena e acolhedora. 

Rochosas ou gasosas, com materiais líquidos, de vários tamanhos e tonalidades,  todas enfeitam o vazio aos nossos olhos; carregando seus satélites, como brincos; ou com bambolês, em volta de sua cintura, parecendo saias de muitos véus.

Todas dançam uma dança circular, em torno do ouro, que exerce sobre elas um irresistível fascínio.  Há aquelas que ousam chegar mais próximo, outras no entanto, se conservam à distância, apenas o veem reinar,  admirando todo o seu esplendor e magnetismo.


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