sexta-feira, 11 de maio de 2018


RE_EDIÇÃO __ Maio sem Maria





Não me deste a carne por absoluta impossibilidade biológica.  
Não nasci do teu ventre, que já era estéril.  
Nasci do coração, que até o fim, nunca sofreu de esterilidade.
Até em tua penúltima morada, com teu corpo já sem vida,  reuniste os que te amaram, em torno de ti.
Naquela madrugada, era como se fosse festa, como nas tardes em tua casa;  com café, bolo e união; que só tu sabias oferecer a quem chegasse.
Falamos de nossas infâncias ao teu lado, do teu colo quente, sob teu carinho, absorvendo da tua experiência e sabedoria.
A parte melhor do que sou, devo a ti, e a pior, é apenas resultado do que não te escutei...
Ao render-te as minhas últimas homenagens, me peguei enxugando as lágrimas, com um lencinho que me deste de presente.  Parece que até nisso pensaste, num lenço para  poder chorar tua perda!                                  

(11/05/07)

Já são 11 maios sem 'Maria'!

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