segunda-feira, 14 de maio de 2018

PSI __ 80 __ MINHAS CONSIDERAÇÕES



A influência da família na formação da autoestima








A formação da autoestima é alimentada (em parte) pela dinâmica familiar em que fomos educados. É um legado que deixa a sua marca e que às vezes é difícil de curar. Especialmente se veio de um pai ou de uma mãe que nunca amou a si mesmo e que não era hábil quando se tratava de atender às necessidades, dar incentivo ou acolher os seus filhos com carinho.
Muitos psicólogos dizem que, para ter sucesso na vida, é preciso uma boa dose de autoestima. Não importa se queremos ou não, mas poucos “combustíveis” nos dão tanta determinação, autoconfiança e sensação de competência. No entanto, muitas vezes passamos pelo mundo com um nível tão baixo de autoestima que é quase impossível ativar o nosso mecanismo de superação.

“A maioria dos medos de sermos rejeitados tem a sua origem no desejo de sermos aprovados pelas outras pessoas. Não baseie a sua autoestima nas opiniões alheias”.

– Harvey Mackay –




Como explicou a famosa antropóloga cultural Margaret Mead, a família é o primeiro grupo social onde o conjunto de interações que ocorrem determina uma boa parte de quem somos. Os nossos pais têm o dever e a obrigação de preencher esse depósito com nutrientes adequados, ricos componentes onde não haja falta de segurança, carinho, consideração, e um impulso vital capaz de nos encorajar a andar pelo mundo nos sentindo importantes.
No entanto, neste caminho árduo na formação da nossa autoestima, nem sempre recebemos esse combustível. Isso nos leva inevitavelmente a iniciar um caminho de busca pessoal na tentativa de consertar aquela infância em que faltaram muitas coisas…

A formação da autoestima e a harmonia com nossos pais

A formação da nossa autoestima começa na infância. No entanto, isso significa que a autoestima está completamente determinada por todo esse conjunto de experiências anteriores vividas na nossa infância e juventude? Bem, na psicologia, como em grande parte das ciências, a palavra “determinismo” é perigosa e tem profundas nuances.
Nas questões psicológicas, tudo o que aconteceu na infância nos influencia muito, mas não nos determina. Ou seja, o ser humano e, especialmente, o seu cérebro, têm muita plasticidade e uma grande capacidade de superação. No entanto, tudo isso nos obriga mais uma vez a olhar para a grande importância da nossa educação e a qualidade dos relacionamentos com aqueles que cuidam de nós e que nos fornecem não somente o sustento, mas também um legado emocional e educacional.
Para aprofundar esse assunto é interessante ler os livros do Dr. Ed Tronick, especialista em desenvolvimento infantil e professor de pediatria da Universidade de Harvard. Um dado interessante citado por este psicólogo é que, para favorecer o desenvolvimento da autoestima infantil, é necessário estar emocionalmente sintonizado com as crianças. No entanto, em muitos dos seus trabalhos, ele demostrou que mesmo bons pais não conseguem estar em sintonia com seus filhos nem 40% do tempo.
É provável que esses dados nos parecem alarmantes e até dramáticos. No entanto, o Dr. Tronick aponta algo que nos convida para uma reflexão. A razão pela qual muitos paisnão se conectam 100% com as necessidades emocionais dos seus filhos é porque não agem dessa forma consigo mesmos.
Um pai estressado, cheio de resistências e problemas emocionais não resolvidos estará enviando uma série de códigos, esquemas inconscientes e linguagens para a criança que os absorverá e agirá da mesma forma. Neste caso, será incapaz de proporcionar aos pequenos o desenvolvimento de uma boa autoestima, uma vez que não possuem bons alicerces, raízes firmes com as quais dar exemplos, orientar com atenção e segurança.

A família influencia, mas você decide

A formação da autoestima ao longo da infância é influenciada principalmente por três fatores: aparência física, nosso comportamento e nosso desempenho escolar. A maneira como nossos pais lidam com essas três dimensões pode nos encorajar a crescer em segurança e confiança ou, ao contrário, a nos escondermos na concha do desamparo, solidão e medo.

“A pior solidão é não estar confortável consigo mesmo”.

– Mark Twain –


O mais complexo de tudo isso é que, até hoje, continuamos a ver como muitos pais e mães são imaturos e inconscientes quando se trata de cuidar da sua linguagem e forma de comunicação com as crianças. Basta ouvir suas conversas na porta dos colégios para entender como, sem perceber, eles cortam uma a uma as asas da autoestima dos seus filhos.
O uso de comparações, de afirmações absolutistas (você é uma negação, nunca será aprovado …) ou a incapacidade de perceber problemas emocionais ocultos, muitas vezes leva as novas gerações a arrastar o mesmo problema dos seus próprios pais: a falta de autoestima.
família influencia a formação da autoestima, mas o que aconteceu no passado não deve determinar a nossa vida. Está em nossas mãos parar de se machucar por não ter o combustível necessário para suprir a autoestima. É possível reparar uma infância de carências para suprir a nossa maturidade de tudo o que os outros não puderam nos dar.
É necessário aprender a nos abastecermos, parar de buscar fora o que podemos encontrar dentro de nós mesmos. A autoestima deve ser trabalhada todos os dias; ela requer mudanças, exige coragem e necessita, acima de tudo, de uma grande dose de amor próprio. Independentemente do nosso passado, sempre é tempo de gerar mudanças, de investir na autoestima.


80 __ MINHAS CONSIDERAÇÕES

Vamos falar mais uma vez, sobre a construção da autoestima nas crianças.  O assunto é seríssimo. Na verdade, os pais são naturalmente imaturos quando se tornam 'pais'.  Amadurecemos junto com as crianças que vêm através de nós.
Cada um traz conflitos de suas infâncias, que se juntam aos do parceiro, dois sistemas diferentes, que devem se fundir, para formar um terceiro.
Como na maioria das vezes, esses conflitos estão inconscientes, podemos ver padrões de comportamento se repetindo, carregados de influência negativa, sem nos darmos conta de que prestam um desserviço à formação do ser sob nossa responsabilidade.
Educar filhos não é uma tarefa fácil, dar alimentação, estudo, diversão, vestimenta,  é apenas uma parte, que pode não ser suprida totalmente, mas não terá tanta importância.  
Atender às necessidades emocionais, para que o cérebro da criança se desenvolva de maneira saudável, isso é o que conta mais.
Recentemente, há estudos e experimentos feitos com plantas, que revelam que o ambiente afeta o seu desenvolvimento.  Se as plantinhas, são influenciadas pelas palavras e sentimentos que estão ao seu redor, imaginemos as crianças tenras, colocadas em nossas mãos para atingirem a plenitude de suas capacidades.
Esse artigo só reforça a importância do nosso equilíbrio emocional, na hora de educarmos uma criança, que reagirá como uma esponja a tudo que presenciar.
É importante que, quando uma criança apresentar uma dificuldade no seu desenvolvimento, é preciso procurar ajuda, pois são elas que sinalizam a existência de problemas.  Nem sempre as causas são físicas.

____Abaixo estão os artigos sobre a influência do ambiente sobre as plantas:

'Planta sofre bullying'

'A mente oculta das plantas'

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