terça-feira, 1 de maio de 2018


A QUIETUDE DA ENTREGA  __ 677




Do destino que não se esquiva
o  camuflado rio de seiva
dedicado, corre tronco acima.
Cheio em qualquer clima
leva aos ramos mais fininhos
onde pousarão os passarinhos
o alimento vital e urgente.
A necessidade pungente
de dar viço à própria vida
em si mesma consumida.
Entrega a todos os cantos
e a todos micro pontos.

Da raiz até as folhas
suas pequenas rendilhas
das flores aos frutos
aos mais diminutos...
respiração e transformação
em extrema doação.

Em todas manhãs, lacrimeja
a singela árvore frutífera
pois entrega de bandeja
o perfume à atmosfera
a sombra, o ar, a beleza
o sabor à natureza!


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