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UM OLHAR SOBRE O COMPORTAMENTO HUMANO
PALAVRA
23/02/17
“Palavra é a ponte onde o amor vai e vem”
Como traduzir sentimentos em palavras iguais a todos? Se sentimentos são - em si - coisas tão diferentes? Cada coração sente de maneira própria, e ainda que dois deles, sintam de maneira idêntica – se expressam de formas diferentes. Alguns se permitem sentir, outros não - e isso mascara o sentimento. Não existe uma escala de correspondência para as ‘formas de sentir’, nem criaram até hoje, ‘formas de sentir universais’.
A palavra é o ‘emissário’ encarregado de levar a mensagem de um coração a outro - é a ponte em que transita toda a emoção ou a falta dela. Parte da boca que a articula, até chegar aos ouvidos que a ouvem.
Uma vez, a palavra lançada no ar - uma flecha atirada - ela vai encontrar ‘eco’ no coração do outro. Significa também que, deverá refletir na tela mental do outro, a imagem que a boca tentou traduzir do seu próprio coração, mas nem sempre – e quase raramente – conseguimos nos comunicar de maneira clara.
Ao sair pela boca, estará levando as impressões captadas pelo sentimento de um coração, devendo chegar a outro sem ‘ruídos’. Quando isso não acontece, se por alguma razão - a palavra que sai, não é a mesma escutada por quem a ela se destina - localizamos um ‘ruído’.
Alguns ruídos não são tão detectáveis, e isso é um outro assunto. Outros são fáceis de limpar/filtrar, desde que se tenha boa vontade.
Em nossa mente existe sempre “uma história única”(1), e mantemos nossos ouvidos fechados a uma possível versão diferente. No fundo, sabemos que entulhada no meio das tralhas que guardamos – existe essa hipótese de estarmos de posse de apenas uma fração da verdade – talvez seja por essa razão que defendemos tão veementemente a 'nossa parcela da verdade'.
Uma comunicação que não se deu adequadamente, pode ter outras razões. Me ocorre por ora, que a falha possa se dar por uma falta ou equívoco de vocabulário, e não pela simples ausência de sentimento!
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