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DELIRARE
19/02/18
a arte do delírio de max ernst |
Delirare ... vem de sair fora do sulco que o arado deixa ao cortar a
terra.
Assim, acontece com os pensamentos - que saem dos caminhos rasgados na mente, fugindo da normalidade e da realidade. Delírio, propriamente dito.
A vida não se deixa conduzir por caminhos pré-estabelecidos, desejados e óbvios. Ela se compraz mesmo, é por fluir pelos sulcos da nossa pele, ardendo e fechando as feridas que abre, marcando-a através de cicatrizes, que ficam para nos relembrar da dor.
Ou não somos bons agricultores - e teimamos em arar a terra infértil, ou o arado não é puxado só pelas nossas mãos! Ainda não somos bons em arar, muito menos em semear ... e sem dúvida não o puxamos sozinhos. O bom é que, eu questiono ... e eu mesma respondo!
Seguindo essa linha de raciocínio - a vida está mais para 'delirare', do que para 'vivere'!
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