terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

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DELIRARE
19/02/18



a arte do delírio de max ernst


Delirare ... vem de sair fora do sulco que o arado deixa ao cortar a terra.  

Assim, acontece com os pensamentos - que saem dos caminhos rasgados na mente, fugindo da normalidade e da realidade.  Delírio, propriamente dito.

A vida não se deixa conduzir por caminhos pré-estabelecidos, desejados e óbvios.  Ela se compraz mesmo, é por fluir pelos sulcos da nossa pele, ardendo e fechando as feridas que abre, marcando-a através de cicatrizes, que ficam para nos relembrar da dor.

Ou não somos bons agricultores - e teimamos em arar a terra infértil, ou o arado não é puxado só pelas nossas mãos!  Ainda não somos bons em arar, muito menos em semear ... e sem dúvida não o puxamos sozinhos. O bom é que, eu questiono ... e eu mesma respondo!

Seguindo essa linha de raciocínio - a vida está mais para 'delirare', do que para 'vivere'!


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