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NÃO SOU FRIDA, MAS FALO
12/02/19
tascha |
Eu achei a minha voz. Não exatamente assim ... foi ela quem me achou. Emancipada, reverberou dentro da caixa craniana, antes ou depois de sair pelo único orifício possível, ganhando liberdade.
O som veio ao meu encontro, adentrou também, pelos únicos e possíveis orifícios, meus ouvidos. Eu desconhecia seu timbre e potência, que era tamanha; veio bater nessa outra caixa, que trago no peito.
Rompeu com força, uma barreira invisível, se propagou pelo ar e fez uma curva de 180 graus, retornando à origem, uma parte dela me tendo como sua destinatária.
Não me calo, não posso e nem devo. Uma vez, ela achada ou, eu encontrada - não há mais como calar. Eu penso, sinto, ou sinto e penso ... e então, ela fala por mim!
O que faço agora é, controlar sua intensidade, rapidez e volume, cuidar pra que sua eloquência não se torne estridente ou frouxa demais.
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