899 | A PIPA E O VENTO | 09/02/19
Por mais estranha ou absurda, que uma ideia possa lhe parecer, em uma primeira instância - nunca a descarte - pois nela pode dormir o embrião de uma outra ideia, muito mais significativa.
O nosso pensamento é uma linha contínua de raciocínio, nem sempre linear, muitas vezes emaranhada - mas sem interrupção, que nos leva de fato a algum lugar.
Quando sentir o carretel estremecer nas mãos, solte-o, dei-lhe linha - é o vento da imaginação ou da maquinação agindo, deixe que a pipa suba ao céu, lembrando que você está no chão, de posse da outra extremidade da linha.
Não se tira algo do nada, toda grande ideia tem seu processo de maturação - é uma construção, feita de pequeninos tijolos, colocados de forma a galgarmos a escalada dos degraus. Na base de tudo encontramos, as pequenas peças unidas e sustentando as maiores, que vieram depois.
Desde cedo aprendi que pensar cansa, porque gasta fosfato - e é a mais pura verdade. O mais importante é saber, que o pensamento é livre e não tem o peso de uma ação.
Se uma ideia surgir ou alguém lhe sugerir algo, 'leve-a pra casa' - a ideia ... isto é: pense a respeito, considere-a, ela pode não ser a chave do seu enigma, mas pode muito bem ser seu próximo passo no caminho.
Os seres humanos se entreajudam dessa forma: inspirando, sugerindo, uns aos outros, ideias que podem nos levar a solução.
Dê linha e veja como a pipa dança no céu.
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O combustível das nossas células é uma molécula chamada trifosfato de adenosina (ou ATP, na sigla em inglês). A quebra de uma das ligações fosfato no ATP libera energia química. Essa energia química é utilizada, por exemplo, para contrair os nossos músculos, movimentar os flagelos de bactérias e espermatozoides e até realizar sinapses no cérebro (é daí que vem a expressão queimar fosfato, usada quando “pensamos muito”).
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