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NA PRATELEIRA
16/02/17
Foi um produto que se vendeu sozinho.
Houve preocupação com sua aparência exterior - a forma como seria exposto e apresentado - ele se auto-explicava e vendia - muito sedutor.
Uma vez adquirido, levado pra casa e consumido, mostrou-se falso e sem ligação com todos aqueles atributos dados a ele - os que se dizia ter.
Descobriu-se depois, que não tinha sido testado dermatologicamente, nem passado pelo controle de qualidade, era apenas uma embalagem chamativa, cujo conteúdo deixava a desejar em termos de satisfação e conforto – justamente o que prometia fazer – dar satisfação e conforto. Parece até que, conserva em sua fórmula substâncias químicas ou agentes físicos que podem causar câncer.
Hoje, se voltar à prateleira, pra ser ‘oferecido’ de novo, será necessário um trabalho de marketing muito, mas muito bem feito - porque mascarar um produto com atributos de que ele não tem - é difícil. Se oferecerem amostras grátis dele, é provável que a qualidade dessas amostras seja muito melhor do que o produto em si – só assim ele conseguirá ‘desencalhar’ da prateleira. E alguém enganosamente, o terá levado pra casa, pra só depois se arrepender. Felizmente, hoje existem os órgãos que defendem os interesses dos consumidores.
Tenha muito cuidado com o que leva pra casa - a propaganda - faz um estudo psicológico minucioso do seu 'mercado consumidor'. Cuidado maior ainda, com relação aos produtos que se 'auto-promovem'.
arte | anna silivonchik
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