382
ROSA E VIRGÍNIA
17/2/17
Nuvens de algodão doce, lua de marzipã ...
Um mar de gelatina lambeu os castelos de areia feitos de dia!
Penso se Adeline, também Virginia (1)
... comeu a maçã - a vermelha, a do amor!?
Comeu sim, e chegou ao palito e o mordeu ... e sentiu seu amargor!
Se ela picou o dedo nos espinhos da flor ...
E quantas vezes picou? Muitas!!!
As duas murcharam - a rosa, por fora ...
Virgínia, por dentro!
Fascinou-se pelo “farol”(2)?
Sucumbiu às “ondas” (3) ?
Sucumbiu às “ondas” (3) ?
Ela mesma falou sobre a morte:
“a única experiência ... que nunca descreverei”.
A flor foi para o lixo e Virgínia escolheu o fundo do rio!
Das vozes de sua cabeça, qual delas fez a escolha?
Pergunto: por quê?
Como pode acabar tão triste, o que começou tão doce?
(1) Adelina Virgínia Woolf
(2) "Ao farol" - 1927
(3) "As ondas" - 1931
Nenhum comentário:
Postar um comentário