segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

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ROSA E VIRGÍNIA
17/2/17




Nuvens de algodão doce, lua de marzipã ...
Um mar de gelatina lambeu os castelos de areia feitos de dia!

Penso se Adeline, também Virginia (1)  
...  comeu a maçã  - a vermelha, a do amor!?
Comeu sim, e chegou ao palito e o mordeu ... e sentiu seu amargor!

Se ela picou o dedo nos espinhos da flor ...
E quantas vezes picou?  Muitas!!!
As duas murcharam - a rosa, por fora ...
Virgínia, por dentro!

Fascinou-se pelo “farol”(2)?
Sucumbiu às “ondas” (3) ?

Ela mesma falou sobre a morte:
“a única experiência ... que nunca descreverei”. 

A flor foi para o lixo e Virgínia  escolheu o fundo do rio!

Das vozes de sua cabeça, qual delas fez a escolha?

Pergunto: por quê?
Como pode acabar tão triste, o que começou tão doce?



(1)     Adelina Virgínia Woolf
(2)     "Ao farol"  -  1927
(3)    "As ondas"  -  1931   

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