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UM OLHAR SOBRE O COMPORTAMENTO HUMANO
UMA SENTENÇA DE MORTE
28/02/20
A maneira mais eficaz de assiná-la, quero dizer - a sua própria, é conservar expectativas, a respeito do comportamento do outro, em resposta à sua dedicação e esforço.
Dar de si, pelo amor ou pela intenção de fazer o melhor possível, em prol da resolução do problema do outro, quando ele não quer ajuda, ou quando ele nem supõe que precise de alguma, quando ainda, a melhor ajuda, é deixá-lo com suas escolhas.
É morte da nossa vitalidade, das nossas 'boas intenções', que acabam por se tornar, as piores e com os mais desastrosos resultados, muitas vezes. Isso acontece porque, invariavelmente, ignoramos os limites, invadimos a individualidade alheia e ainda nos esquecemos, de quem nós, realmente somos.
Na nossa cabeça existe uma simbiose fictícia de que o melhor para o outro, coincide com o melhor para nós mesmos. Não é. Da vida do outro nada sabemos, das suas prioridades, necessidades e limitações.
É morte da nossa identidade, da nossa sanidade e paz. Ao desqualificarmos o outro, para gerenciar a sua vida, desconfiguramos toda a nossa capacidade de nos mantermos íntegros. A tentativa de segurar as rédeas de uma situação, que muitas vezes nos envolve, faz com que soltemos as rédeas da nossa carroça, que desembestada, corre ladeira abaixo, rumo ao despenhadeiro.
Um cansaço, um desânimo, se apodera de nós, porque gastamos combustível nosso, para iluminar muitas vezes, a noite de quem quer continuar no escuro, ou de quem nem sequer se deu conta da necessidade de luz.
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