366 | HOMEM E MAR | 08/02/17
Tudo, ou quase tudo
termina em nada!
Se transmuta, se dissolve
ou vira purpurina!
O mar, que faz e acontece
que na sua ferocidade
revolve, ameaça e mata
depois, se deita na praia
mansinho e quietinho!
Efervesce cansado
borbulhante e espumante!
Do viço do homem orgulhoso
nada sobra, sua matéria entrega à terra
e ali a vida se encerra!
Anônimo!
Quase sempre demente e esquecido
tão fraco quanto nasceu
... vai adubar a semente!
Sua glória ou desgraça,
o passado sepulta!
E lá se enterra
o espólio de guerra ...
pois à ela - terra - pertence!
A terra que vence!
A essência se salva, se boa, se má ...
sobrevive ao fogo ou à pá!
O mar se entrega humilde
o homem voluntarioso ...
contra a vontade!
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