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SÓ O TEMPO DIRÁ
Para quê palavras, quando os sentimentos são ignorados?
Para quê tentativas, quando os olhares se desviam?
Quando os gestos não importam e os rostos não se reconhecem, os corpos se distanciam e a voz aumenta de tom, justamente para compensar a distância dos corações; não há nada a ser feito, porque nem assim se escutam. Por mais que gritem, as ideias se desconversam, o respeito se ausenta e o vírus mortífero da indiferença, infecta a ferida aberta.
Já não é mais um só caminho, é uma bifurcação, cada qual vivendo segundo seus valores. São dois ramos originários e saídos do mesmo tronco, que vão em direções distintas. É inútil tentar torcê-los, ou forçá-los a seguirem outro rumo, que não o seu próprio.
Ambos crescem para cima, em direção à luz. Se darão frutos, ou não, só o tempo dirá.
28/03/19
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