Traumas na infância: O
risco de prejudicar uma vida inteira
Infelizmente, nem todos os
pais cultivam a consciência de que tudo aquilo que ocorre na infância de uma
criança, não permanece na infância. É extremamente fácil provocar traumas nessa
fase e, por isso, é de extrema importância que os pais saibam como falar e agir
com seus filhos e, principalmente, como eles se comunicam e se inter-relacionam
com as outras crianças e adultos. A falta de atenção sobre as crianças e suas
vidas, torna possível o surgimento de situações que, porventura, venham a
marcar negativamente a vida dessa criança.
Quando você é rude com uma
criança sem motivo algum, ou quando você a critica constantemente e a compara
com seus amiguinhos, por exemplo, pode gerar sintomas como a baixa autoestima,
a insegurança e a irritabilidade. Tais sintomas vão se desenvolvendo com o
passar do tempo, e é principalmente na adolescência e na fase adulta que as
consequências desses traumas aparecem, provocando grandes problemas na vida
desse ser humano.
Os pais precisam ter mais consciência e entender
que não tem como evitar que seus filhos sofram. A superproteção é algo que
ocorre frequentemente entre os pais e ao invés de ajudar a criança, é um
comportamento que gera graves danos, geralmente relacionados à sociabilidade.
Em outras palavras, prender o filho e não deixá-lo conviver com outras pessoas
por medo de que ele venha conhecer alguém ruim, acaba fazendo com que ele não
aprenda a lidar e ter relações com outros semelhantes. Esse problema irá afetar
significativamente a sua vida pessoal e profissional no futuro.
Em boa parte dos casos, os
pais apresentam uma tendência a desconfiar de estranhos e dar uma enorme
confiança a parentes e membros da família, enquanto que os abusos infantis são
mais frequentes dentro da própria família, e os pais têm uma grande parcela de
culpa nisso, pois não OBSERVAM seus filhos. É bem aí que se concentra o grande
problema: A mãe fica de olho no filho para não deixá-lo fazer nada errado, mas
ela não o observa.
Se uma criança está triste, acuada, isolada, é
provável que exista um problema aí. Se a criança não consegue ter amiguinhos na
escola, é provável que tenha algum problema aí. Se a criança odeia socializar,
é muito provável que tenha algum problema aí. Tudo isso passa despercebido
pelos pais. Por terem uma vida cheia de responsabilidades, mal conseguem
reconhecer quando seus filhos estão bens de fato. Se um filho vive falando que
odeia a vida, por exemplo, por que os pais não tomam providências? Por que não
o levam a um psicólogo ou a um psiquiatra? Por que deixam essa criança ou
pré-adolescente cultivar esses sentimentos? Por que as pessoas só entendem que
alguém precisa de ajuda quando esta mesma pessoa corre risco de vida num
hospital?
É compreensível entender
que nessa fase, geralmente, tudo seja muito passageiro, mas deixar as coisas
acontecerem e fingir que está tudo bem não ajuda em nada. Um dia essa criança
triste e isolada pode tentar um suicídio, e se ela sobreviver, por sorte, você
– pai ou mãe – verá o quão estava errado ao negligenciar esses sintomas no seu
filho. A criança não enxerga a vida como ela de fato é. A cada coisa ruim que
lhe acontece nessa fase, vai lhe deixando marcas. Quando essa criança crescer e
começar a amadurecer, ela vai entender tudo o que ocorreu com ela, e vai
desabar. Ficará imersa em seus traumas e dificilmente conseguirá seguir a
diante.
Você, pai ou mãe, cuide bem de seu filho. Não
ignore nenhum detalhe. Pense bem na forma como você fala, nas expressões que
usa, em tudo aquilo que ensina para ele. Olhe as pessoas com quem ele convive,
procure saber como é o comportamento dela na escola. Fique por dentro de tudo,
o máximo possível. Não se esqueça jamais que: O QUE OCORRE NA INFÂNCIA, GERA
CONSEQUÊNCIAS PARA UMA VIDA TODA.
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