‘UM OLHAR SOBRE O COMPORTAMENTO HUMANO'
12. PALAVRAS NÃO DECLARADAS
PRA ONDE VÃO?
__________________________
Aquário (6)
22/01/08
Palavras não declaradas percorrem
vielas tortas do coração,
buscam a fonte e se reconhecem prisioneiras,
rodopiam, dançam.
Peixinhos em torno de uma imagem.
Num aquário de vidro, que balbuciam...
__________________________
__________________________
Por onde vai a Psicologia. |
As palavras não declaradas, certamente vão parar num lugar onde incomodam demais! Elas correspondem aos nossos silêncios.
Porque acredito, que cada uma delas tem uma mensagem
intrínseca, com todas as mazelas inerentes ao termo que por ventura não
usarmos. As razões pra não as
verbalizarmos, podem ser voluntárias ou não, por receio de ferir, ou pelo medo de
desvelarmos nossas chagas internas e ficarmos expostos! Pode até mesmo ser, pelo motivo de não termos
‘ouvidos’ que as escutem!
O ‘Aquário’ é um texto que escrevi em 22 de janeiro de 2008,
mas acredito que seja tão atual quanto naquele dia. Foi uma maneira meio poética, de fazer referência
às palavras que bloqueamos em nossa comunicação
verbal, mas que equivalem às sensações, emoções e aos sentimentos dentro de nós
– e o seu bloqueio, nos causa estragos internos – dos quais nem sabemos a
magnitude.
A palavra é carregada de energia, dita ou não. Quando não é dita, não morre - vive - e deve
ficar muito frustrada, por não poder expressar o que deve expressar - aliás essa é sua função: expressar!
Penso que a palavra não dita, volta à origem, retorna à fonte em que nasceu, com a mensagem que trás de volta, sem ser entregue. Ela deve se sentir um carteiro
ineficiente!
E então onde ficam todas as coisas que foram censuradas, por
nós ou por outros? Estagnam em alguma
parte do corpo ou da mente e passam a viver como parasitas, num local onde não
há espaço pra isso. Essa é a gênese de
toda a doença!
Nenhum comentário:
Postar um comentário