Só quando estiver tranquilo por dentro é que poderá ter acesso ao reino da serenidade em que as rochas, as plantas e os animais vivem. Só quando o barulho da sua mente diminuir é que conseguirá unir-se profundamente à Natureza e superar a impressão de separação criada pelo excesso de pensamentos.
O pensamento racional constitui uma etapa na evolução da vida. A Natureza vive naquela serenidade inocente anterior ao eclodir da racionalidade. A árvore, a flor, o pássaro e a rocha não se apercebem da sua própria beleza e caráter sagrado. Os seres humanos só ultrapassam a racionalidade quando se tornam serenos. Há uma outra dimensão de conhecimento, de consciência, na serenidade que existe para lá do pensamento.
Eckhart Tolle (A Voz da Serenidade, pág. 90)
Quando deixamos de pôr compulsivamente letreiros nas coisas, quando largamos mão do apego à nossa história, tornamo-nos vivos para o momento presente. A presença surge e vem substituir a noção conceptual do eu.
Tornamo-nos muito simples. A necessidade de ser especial deixa de existir. Tornamo-nos comuns. Deixamos de precisar de projetar uma sensação de sermos especiais que nos permitia encontrar a nossa identidade.
Que liberdade vem ao nosso encontro quando deixamos de precisar de ser especiais para termos alguma noção da nossa identidade! Que liberdade vem ao nosso encontro quando estamos em contato com a preciosidade que é a essência de quem somos.
Eckhart Tolle (O Silêncio no Mundo, pág. 20)
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