sexta-feira, 27 de novembro de 2015





            [Textos - 36 - "Flor de outono" - 05/08/15]








Flor de outono

Esquecida do tempo que se passara
fez ,  o que se destinava a fazer...
Florir!
Solitária na rama que lhe prendera,
fez o que lhe era próprio...
Derramar pelos ares seu frescor!

Desconfiadas, as borboletas vieram fazer-lhe a corte,
e estranharam que se encontrasse lá,
junto das folhagens da época...

E veio o homem, então!
E viu o quanto era bela e única...
Não pensou muito...
Fez, o que fora desnecessário fazer.
Decretar-lhe o fim,
arrancou-a  do galho, ceifou-lhe a glória.

Para ela outono morria,
questão de horas,
bepoucas,
para lamentar tãbreve existência!
















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