sexta-feira, 27 de novembro de 2015





          [Textos - 37 - "Toda cor tem suas nuances" -  15/07/15]






TODA  COR  TEM  SUAS  NUANCES



Nada  é inteiramente preto e nem branco...

Depende da luz, dos olhos que vêem, de onde estão esses olhos e o quanto eles enxergam! Da superfície do objeto, do espaço que nos separa dele, da matéria de que é feito, da textura, temperatura e da importância que ele tem para nós...

Ao colorir uma mandala, o branco que seria sinal de paz, representaria espaços que correspondem a fatos ou emoções  com os quais ainda não sabemos lidar, e  ao escolhermos o preto, sinal de tristeza, luto...  veríamos que ele faz total e perfeito sentido no contexto maior: a dor, entendida e aceita, dentro da própria vida!  Afinal, estaríamos apenas demonstrando como está  nossa relação com o cosmo.

O que, com toda certeza me parece azul, para outro, dentro de todos os dégradés azuis possíveis, pode ser um verde, relativamente azulado.  A discordância viaja pelos infinitos tons de uma e outra cor, até se afirmar definitivamente apenas como uma...

Ninguém é totalmente certo ou errado...  Todos estamos em vias de nos tornarmos humanos cada vez melhores,  por experimentação.  Daí o fato de estagiarmos por erros e acertos e transitarmos entre os dois pólos,  alternadamente, de uma forma muito natural.  O que para uma pessoa é certo, para outra pode ser verdadeiramente errado!  Para outros: o inverso...  e para outros tantos: tanto faz...  é cor de burro quando foge. 

Feliz ou infeliz?  Feliz, com episódios desagradáveis...  Infeliz, com alguns picos de felicidade?

Para cada sentimento, assim como para cada cor, há sempre um longo e fundo buraco, que talvez não consigamos mensurar, mas que certamente sabemos, não está vazio!

Muitas vezes fico roxo de raiva, mas ninguém nota...  Não querem ver, ou não enxergam?  Se não querem ver é porque não aguentam olhar para o roxo,  ou porque enxergam vermelho?  Se não enxergam o roxo, talvez não reconheçam essa cor, ou então reconheçam tão bem, que escolhem não ver?

Dia ou noite, claro ou escuro?  Depende da luz que chega até nossas retinas...  Quem saberá? Quem enxerga melhor?


Não sou bom nem mau...  Estou a caminho de me tornar algo que ainda não sou.   O que hoje é correto e confortável para mim, amanhã pode ser extremamente duvidoso; para depois de amanhã, se tornar absolutamente inóspito!                  




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