Têm ocasiões na vida em que, nos vemos entalhando na 'rocha da nossa caverna', uma história de que não gostamos - mas continuamos a esculpi-la na pedra, com martelos e talhadeiras bem atuais.
Como silhuetas de grandes feras pintadas com terra colorida, pigmentos de plantas, misturados ao sangue dos animais, pra criar imagens de quase irreconhecíveis bisões, feitas por nossos ancestrais ... nós fazemos ainda, nossas inscrições às futuras gerações.
As sombras projetadas na parede da caverna, feitas pelo fogo improvisado, dão vida aos monstros, que ainda parecem ameaçar a nossa sobrevivência.
Vemos desenhos assustadores, mais os raios de uma tempestade, cortando os céus - que ainda nos assombram.
Nos apercebemos ainda, de costas pra boca da caverna - muito mais do que gostaríamos de admitir.
Somos um quebra-cabeças, que depois de montado, passa a ser uma pequena parte, uma peça de um outro maior, do qual não temos senão, uma limitada e microscópica visão.
Pelo fato de ainda estarmos numa parcial escuridão, não conseguimos vislumbrar - como sairmos totalmente da caverna e verificarmos se os animais são reais, se são palpáveis, quais são as suas devidas proporções físicas e o quanto eles nos ameaçam.
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