Para que eu ganhe o mar, é preciso que coloques as margens em mim. Como cão-guia dos cegos, mantenhas a minha correnteza dentro do leito, para que a minha riqueza não se perca para fora dele, por impetuosidade. Inclines o terreno, para que eu ganhe força na queda e vença a falta de vigor.
Margens são primordiais, para me conservarem no caminho e me permitirem escoar o volume de sentimentos em busca da paz.
Para que meu sangue se misture às águas profundas do mar e a minha alma alcance o alto dos céus acima do oceano, no descanso silencioso aos ouvidos humanos, é imperioso que o rio desague no mar.
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