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As crianças precisam dos seus abraços para se sentirem parte do mundo

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Uma criança ao nascer, não tem noção de sua individualidade, isso acontecerá com o tempo.  Ela e a sua mãe são uma coisa só, para ela.  Durante os noves meses, habituou-se a viver cercada, contida no ambiente agradável e hermeticamente fechado. É pela pele que a criança recebe calor, afeto e percebe as emoções.  É no contato físico e estreito, que ela pode sentir o coração da mãe – um som bem familiar.  Da mesma forma pode sentir-se querida.  Seu sistema imunológico se reforça, sua respiração e temperatura se regulam.

Essa será a primeira linguagem que irá aprender na vida, através do maior órgão do corpo humano – a pele – poderá receber aos abraços e carícias.

O papel do pai nesse contato, também é muito importante, porque irá proporcionar um reforço no seu desenvolvimento e uma maior segurança à criança.

Alimento, higiene e conforto não bastam ao seu pleno desenvolvimento físico, neural e emocional.  É necessário algumas manifestações cuidadosas através dos abraços, carícias e conversas chamando o seu nome – é dessa forma, que aos poucos vai construindo sua identidade e personalidade.

As crianças privadas de colo e carícias têm choro menos frequente, pois compreendem que nem sempre serão atendidas.  Seu desenvolvimento é mais lento. São crianças com pouco interesse em relação ao que as cerca, pois carecem de estímulos e segurança para explorar, um vínculo afetuoso com um adulto lhe dando apoio.

“Os abraços ou a falta deles, criam conexões neurais, constroem sensações, pensamentos de afetos, medos, dúvidas, incertezas.”

Abraços criam:

- apego seguro e estável para seu desenvolvimento

- vínculo afetivo entre pais e filhos - primeiro contato social – que se estenderá ao mundo.

- segurança e sensação de reconhecimento

- crescimento saudável/amadurecimento

- confiança, boa percepção sobre sua pessoa e capacidade.

Se os adultos necessitam de abraços, às crianças isso é imprescindível.  Na adolescência, as coisas se complicam um pouco, porém a necessidade é a mesma, apenas com a diferença de que, devemos escolher o momento mais propício para essas demonstrações de afeto.